O Governo do Estado aderiu na manhã desta
segunda-feira (9) ao Programa “Mulher: Viver sem Violência”, projeto que
prevê a construção de uma Casa da Mulher Brasileira na Capital e dois ônibus de
acolhimento às mulheres do campo, entregues na solenidade desta segunda. O
evento aconteceu na Governadoria e teve a presença da ministra da Secretaria de
Políticas para Mulheres (SPM), Eleonora Minecucci, que anunciou durante a
solenidade a construção de dois núcleos de Atendimento à Mulher da Fronteira, a
serem instalados nos municípios de Ponta Porã e Corumbá.
De acordo com a ministra, Mato Grosso do Sul é o
18º estado a aderir ao programa, que não se resume apenas à construção da Casa
da Mulher Brasileira e à entrega das unidades móveis, mas a uma série de ações
que irão melhorar o atendimento às mulheres vítimas de violência. “Esse
programa também prevê a ampliação da rede 180, o atendimento humanizado e a
coleta de provas, o núcleo de atendimento às mulheres da fronteira e campanhas
continuadas de conscientização. O ligue 180 sofrerá uma modificação em janeiro
próximo mudando para disque 180. A Casa da Mulher de Campo Grande será entregue
no primeiro semestre de 2014, até o dia 15 de junho. Agora estamos estudando a
possibilidade de enviarmos para cá, também, um barco que cumpre o mesmo papel
das unidades móveis e que serão entregues apenas a três regiões: Vale do São
Francisco, Ilha de Marajó e área do Chico Mendes. O que nos orientou a esse
projeto foi a possibilidade de oferecer todos os serviços de forma integrada em
um mesmo espaço físico, o que facilitará o acesso das mulheres a eles. O fato
de estarmos integrando os serviços não quer dizer que os outros deverão acabar,
pelo contrário, é ‘plus’ o que facilitará sem dúvida o acesso das mulheres a
eles”, disse.
Para a vice-governadora, Simone Tebet, a construção
da Casa da Mulher Brasileira na Capital será mais uma porta de entrada para as
mulheres vítimas de violência, que antes procuravam o pronto-socorro, as
delegacias, o pronto atendimento. “Só que na Casa da Mulher Brasileiras
diferente dos outros órgãos que não conseguiam fazer tudo sozinhos, será a
porta de entrada e de saída. A mulher poderá entrar de cabeça baixa, mas sairá
sempre de cabeça erguida, se ela não tiver carteira de trabalho nós a faremos,
se ela não tiver assistência médica nós daremos. Este projeto é sem dúvida um
dos maiores do Governo Federal”, elogiou.
De acordo com o prefeito de Corumbá, Paulo Duarte,
que receberá um Núcleo de Atendimento à Mulher da Fronteira, o momento é de
agradecimento e de reconhecer que há muito que se avançar na questão do gênero.
"Ainda convivemos com esse absurdo que é a violência contra a mulher, mas
temos que reconhecer e avançar. O importante é que nosso Centro de
Atendimento agora ficará fortalecido com o Núcleo e que o Governo Federal teve
um olhar diferente com Corumbá", disse.
Para a beneficiária do projeto Dina de Freitas,
presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Terenos, e moradora do
assentamento Nova Querência na região do município, os ônibus são uma
reivindicação antiga por parte do movimento das mulheres rurais. “A questão
operacional e a distância da área rural são infinitas e os ônibus vêm ao
encontro da nossa necessidade. Acredito que agora estaremos mais próximas da
Justiça”, declarou.
Participaram do evento a primeira-dama do Estado,
Beth Puccinelli; lideranças dos movimentos sociais da área rural, quilombolas e
indígenas; autoridades como a deputada estadual Dione Hashioka; o deputado
federal, Geraldo Rezende; o prefeito da Capital, Alcides Bernal; o prefeito de
Corumbá, Paulo Duarte; o prefeito de Ponta Porã, Ludimar Novaes; a secretária
das mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura
(Contag), Alessandra Luna; a titular da delegacia da Mulher na Capital, Rosely
Molina e outros envolvidos na rede de enfrentamento à violência contra a
mulher.
Fonte: Horizonte MS
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