O governo do Acre desistiu de pedir ao governo federal o fechamento temporário da fronteira com o Peru, no município de Assis Brasil (AC), para conter a entrada de imigrantes haitianos no Estado. O alojamento dos imigrantes, em Brasiléia, na fronteira com a Bolívia, com capacidade para 300 pessoas, está ocupado por 1,2 mil haitianos.
O fechamento temporário da fronteira com o Peru foi sugerido na quarta-feira (15) ao governador Tião Viana (PT) pelo secretário de Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão. No mesmo dia o Ministério da Justiça informou que esta não é uma tradição no país e que a chegada dos haitianos é controlada pela Polícia Federal.
Na manhã desta quinta (16), em Brasília, durante reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o governador tratou da situação dos imigrantes haitianos que estão em Brasiléia. Segundo a assessoria de Tião Viana, durante a reunião com o ministro, o governador assinalou que nesta época do ano cresce o número de pessoas no abrigo porque as empresas de outros estados não estão vindo ao Acre para contratar os imigrantes.
- Em dezembro do ano passado, o Ministério da Justiça acordou com o nosso governo que o tempo máximo de permanência do imigrante em Brasileia seria de três dias. Infelizmente, o ministério não alcançou essa meta, mas a sua equipe continua preocupada com a situação e dando atenção ao caso – disse Tião Viana à agência estatal de notícias do Acre.
O encontro do governador com o ministro resultou no agendamento de uma reunião para a próxima terça-feira (21) com a presença de representantes do governo do Estado, Ministério da Justiça, Ministério da Saúde e a Casa Civil da Presidência da República, quando vão tentar uma saída definitiva para a questão dos imigrantes haitianos no Acre.
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