
A fronteira entre os Estados
Unidos e o México é separado por um grande muro para impedir que imigrantes
latino-americanos possam entrar no país vizinho. Nos últimos anos pelos menos 6
mil latino-americanos morreram.
Seguindo o exemplo da visita do Papa Francisco a Lampedusa, os prelados
dos Estados Unidos e do México vão-se encontrar de 30 deste mês a 1 de Abril na
zona fronteiriça, mais precisamente em Nogales, Estado do Arizona, para
caminhar juntos ao longo desse muro e celebrar a missa em memória dessas
vítimas. Num comunicado difundido pelo episcopados dos Estados Unidos
afirma-se que nessa zona fronteiriça, assim como nas águas do Mediterrâneo dos dramas de
Lampedusa, se transformam ali, simbolicamente, em dunas e pedras esquentadas
pelo sol, mas a tragédia é a mesma.
O objetivo dessa caminhada dos bispos dos dois países é pôr a tônica no
sofrimento humano causado por um sistema migratório falimentar, aspecto que é
muitas vezes subestimado no debate nacional sobre as migrações – lê-se no
comunicado. D. Eusébio Elizondo, bispo auxiliar de Seatle e Presidente da
Comissão da Conferência Episcopal dos Estados Unidos para as Migrações,
sublinha que a questão põe a todos um problema central: “a dimensão humana da
migração”, pois que trata-se de “seres humanos” e não apenas de “questões econômicas e sociais."
O bispo acrescenta ainda que essas pessoas que morrem ou são deportadas
quotidianamente têm a mesma dignidade que nos vem de Deus” , e remata: “a
fronteira entre os Estados Unidos e o México é a nossa Lampedusa”. Esta caminhada
que os bispos vão fazer ao longo do muro é apenas uma das numerosas iniciativas
de solidariedade para com os migrantes por parte da comunidade católica. o tentar ultrapassar esse muro.
Fonte: Radio do Vaticano.
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