Bolivianos da fronteira vão às urnas para escolher presidente
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| Fotos: Ricardo Albertoni/Diário Corumbaense |
Antes mesmo da abertura da seção eleitoral, bolivianos que moram em Corumbá já faziam fila.
A Bolívia realiza neste domingo (12) eleições gerais para escolher o próximo presidente para um mandato de cinco anos. As votações ocorrem das 08h às 16h locais. O atual presidente, Evo Morales, tenta chegar a seu terceiro mandato consecutivo e, de acordo com as pesquisas divulgadas, tem quase 60% das intenções de voto. Eleito pela primeira vez em 2005, Morales é o primeiro presidente indígena boliviano, povo que representa cerca de 60% da população. Além dele, concorrem à Presidência Samuel Doria Medina, empresário do ramo de cimento, Jorge Quiroga, que foi vice-presidente do país por quatro anos e, em seguida, assumiu como presidente pelo período de um ano, o prefeito de La Paz, Juan del Granado, e o líder indígena Fernando Vargas.
O país tem 6.245.959 pessoas habilitadas a votar e entre os eleitores, 272.058, ou 4,3% do total, moram em outros países (33). O voto de cidadãos bolivianos no exterior estreou nas últimas eleições, em 2009, somente para residentes na Argentina, Espanha, nos Estados Unidos e no Brasil. Desta vez, as votações foram ampliadas para mais 29 países. O voto dessas pessoas é facultativo e elas apenas podem escolher candidatos a presidente e vice.
Corumbá (MS), que faz fronteira com a Província de German Busch, é uma das cidades brasileiras onde bolivianos que moram fora do País têm a opção de votar. O Tribunal Supremo Eleitoral realizou de maio a junho, uma ação de cadastramento biométrico dos eleitores bolivianos que residem na região e 170 pessoas estão aptas ao voto. A seção eleitoral foi instalada no Centro Boliviano Brasileiro 30 de Marzo, localizado na rua Joaquim Murtinho, nº 1982. Antes mesmo da abertura da seção, já havia pessoas na fila de votação.
A equipe responsável conferia as digitais dos cadastrados e em seguida entregavam a cédula de papel para a confirmação do voto.
“É a primeira vez que estou votando aqui para escolher um presidente e um vice para meu país. Fico feliz de poder participar, de escolher um bom representante para governar a Bolívia”, disse Rudy Peña Artieuros.
“Eu não moro lá, mas sei que é muito importante ajudar a melhorar muitas coisas em meu país”, explicou Máximo Monteiro Mercado. “Moro aqui em Corumbá, mas penso na melhoria da Bolívia e estou também exercendo a minha cidadania”, comentou Maria Luisa Vieira ao Diário Corumbaense.
Após o encerramento da votação, representantes do Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia irão apurar os votos e enviar o resultado via internet para o centro de apuração montado pelo TSE boliviano.
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| Fronteira da Bolívia com Corumbá foi fechada para tráfego de veículos durante a votação |
Fronteira fechada
Na fronteira da Província de German Busch com Corumbá, o clima é de tranquilidade. O tráfego de veículos não é permitido, apenas a passagem de pedestres.
Segundo a Constituição boliviana, para um candidato ser eleito em primeiro turno precisa ter mais de 50% dos votos ou ter mais de 40% e uma distância de pelo menos 10% sobre o segundo colocado, o que, de acordo com as pesquisas, aponta uma vitória do atual presidente sem necessidade de segundo turno. Em 2005, Morales foi eleito com 54% dos votos e, em 2009, com 64%.
A capital do país é Sucre, mas a sede do governo é La Paz. O país tem nove departamentos (estados) e fala mais de 30 línguas, sendo os principais o espanhol, falado por quase 90% da população, o quéchua, por 34%, e o aymara, por 23,5% das pessoas. Com informações da Agência Brasil.
Fonte: Correio do Estado (MS)


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