10 de março de 2015

Fronteira Paraguai-Brasil tornou-se região perigosa para jornalistas, lamenta CPJ

Polícia Civil do MS divulgou imagens da execução
de jornalista para localizar autores do crime
Fronteira Paraguai-Brasil tornou-se região perigosa para jornalistas, lamenta CPJ

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) lamentou o assassinato do radialista paraguaio Gerardo Ceferino Servian Coronel, morto a tiros na última quinta-feira, 5, em Ponta Porã (MS), cidade do lado brasileiro na fronteira Brasil-Paraguai. Segundo a pesquisadora Sara Rafsky, associada do programa das Americas da entidade, “a região tornou-se uma das regiões mais perigosas para os jornalistas no hemisfério ocidental". 

"As autoridades de ambos os países devem se unir para investigar a fundo o assassinato de Gerardo Ceferino Servian Coronel e levar os responsáveis à justiça para demonstrar que não permitirão que a imprensa seja aterrorizada”, declarou Sara. Servian já tinha trabalhado em várias rádios de Pedro Juan Caballero, a principal cidade no lado paraguaio, mas no início deste ano começou a apresentar um noticiário matutino na emissora comunitária Ciudad Nueva FM, com sede em Zanja Pyta. 

Para o investigador brasileiro responsável pelo caso, Patrick Linares, não há dúvida que o caso foi um execução. “Duas pessoas andaram até ele e dispararam seis ou sete tiros nas costas e na cabeça", declarou ao CPJ.

A polícia ainda não citou prováveis motivos para o assassinato, mas divulgou imagens de câmeras de circuito fechado de segurança que mostram a ação e a fuga dos criminosos. O vídeo foi divulgado em veículos de imprensa brasileiros para ajudar a encontrar os autores.

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