Intenção é criar um atrativo capaz de manter os visitantes pelo menos por mais meio dia em Foz do Iguaçu. Fundo Iguaçu fará estudos técnicos para embasar o edital de concessão.
O Marco das Três Fronteiras e o Espaço das Américas, depois de um
estudo técnico, serão cedidos à iniciativa privada, para que transforme o
local num atrativo importante, capaz de fazer com que o turista
permaneça em Foz do Iguaçu pelo menos por mais algumas horas.
Na semana que vem, o Fundo Iguaçu vai assumir a responsabilidade pela
elaboração de um estudo técnico e, posteriormente, de um edital de
concessão para atrair investimentos privados. “O modelo de concessão vai
depender dos estudos de viabilidade”, adianta o presidente do Fundo
Iguaçu, Gilmar Piolla.

Um milhão de visitantes
Os estudos e o modelo de concessão serão entregues à Prefeitura de
Foz do Iguaçu, diz Piolla, conforme compromisso assumido com o prefeito
Reni Pereira e com o secretário municipal de Turismo, Jaime Nascimento. Para o secretário Jaime Nascimento, com a concessão, a intenção é que
seja desenvolvido pela iniciativa privada um grande complexo turístico,
tendo como um dos focos a gastronomia.
Tanto ele como Piolla acreditam que, com a restauração dos dois
espaços, será possível atrair até um milhão de turistas e de moradores
anualmente, contribuindo para que os visitantes permaneçam na cidade por
pelo menos mais meio dia. O prazo para o consultor que será contratado para desenvolver os
trabalhos apresentar os estudos é de três meses. Segundo Piolla, o
consultor que será contratado é um dos maiores especialistas do Brasil.
Abandono
Hoje, o turista que procura indicações sobre o Marco das Três
Fronteiras no TripAdvisor, o maior site de viagens do mundo, logo se
decepciona. Embora muitos visitantes classifiquem o local como
“interessante” ou que a visita “vale pelo visual”, quase todos lamentam o
“abandono”, o “pouco caso” com o local, a “falta de estrutura e de
segurança”.
O Espaço das Américas foi construído pelo governo do Estado em área
da União e inaugurado pelo governo do Estado em 1997, com a intenção de
ser um ambiente político-cultural para fortalecimento do Mercosul. Com
2.240 metros quadrados de área construída. Tornou-se um dos
cartões-postais de Foz do Iguaçu e chegou até a receber reuniões de
chefes de Estado, mas acabou sendo deixado em uso e está abandonado
desde 2011.
Há poucos meses, o Espaço das Américas foi repassado pela União à
Prefeitura de Foz do Iguaçu, graças a uma ação da Gestão Integrada do
Turismo. Na época, o Fundo Iguaçu se comprometeu a colaborar para dar
uma nova destinação ao espaço, integrando-o à área do Marco das Três
Fronteiras.
Localização
O Marco e o Espaço das Américas ficam a apenas seis quilômetros de
Foz do Iguaçu e ainda despertam o interesse de turistas e moradores, já
que aquele ponto marca o encontro de três países – Brasil, Paraguai e
Argentina.
Do mirante no Marco das Três Fronteiras pode-se ver o local em que o
Rio Iguaçu deságua no Paraná e os obeliscos de pedra que marcam a
localização do Paraguai, no outro lado do Rio Paraná, e da Argentina, na
outra margem do Rio Iguaçu.
Obeliscos
Pintados nas cores de cada país, os obeliscos foram construídos em
1903. Os autores do obelisco brasileiro foram o militar e sertanista
marechal Cândido Rondon e o engenheiro militar Dionísio Cerqueira, um
dos responsáveis por fixar os limites geográficos das fronteiras entre
Brasil e Argentina.
No mesmo local onde está o obelisco encontra-se a pedra fundamental
“Memorial Cabeza de Vaca”, em homenagem a Alvar Nuñez Cabeza de Vaca, o
primeiro europeu a avistar as Cataratas do Iguaçu, em 1542, quando
seguia do Litoral rumo a Assunção, no Paraguai.
Fonte: Cidade Foz.
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